quinta-feira, 22 de julho de 2010

Começar e Terminar

Tudo que começa uma hora tem que terminar, não importa o espaço de tempo que isso levará. E como aprender a escrever redações, a professora sempre dirá: “começo, meio e fim”, e procuramos fazer algo com um começo interessante e um final surpreendente, para prendermos a atenção dos nossos leitores, tem pessoas que não gostam de escrever sem esquecer que somos os auto-redatores, aderimos a nossas vidas todas as palavras e pontos que queremos.

Começamos a vida sem pedir e a terminamos como queremos, vivendo ou sobrevivendo, mas o final é com todos os méritos que você desejou e arquitetou ter. O começo nem sempre será tão interessante quanto o fim, serão determinantes, um é o estimulo para o outro, não acontecem duas vezes iguais, mesmo que todos os dias amanheçam e anoiteçam, comecem e terminem, eles nunca são ou serão iguais.

Geralmente começamos por acaso, começar às vezes é descoberta, continuar: construir e terminar: fatalidade. Não tem como fugir começou termina: horas, dias, meses, anos... Uma eternidade... O tempo que dura é previsível ou imprevisível... Há horas que possível terminar o começou, mas nem sempre isso será possível.

Recomeçar me soa como parar uma historia e na sua hora apropriada continuá-la, pelo menos acreditamos assim, aprendemos assim. Quanto mais o tempo passa acredito que não tem como recomeçar historias de onde paramos, a vida não é como uma roupa de tricô onde hoje você começa e pára sempre no mesmo ponto, na nossa vida como historia, o que paramos e recomeçamos todos os dias se chama rotina, algo que muitas vezes somos impostos a ela e por isso nos adaptamos muitas vezes sem questionar, fazemos por que e mais fácil assim.

A vida segue rumos surpreendentes, por isso eu seja tão incrédula com o recomeço, amanhã sempre será diferente, as coisas simplesmente acontecem quando menos esperamos. Acredito que ao invés de recomeçar, começamos novamente, sem rotinas, tem coisa que precisam ser descartadas e nem sempre com recomeços elas se apagaram, uma hora voltaram a tona em cores vibrantes. Pra mim o começar de novo, e uma tentativa mais eficaz de chegar a um final, seja esse bom ou ruim. Começar de novo e como fechar os olhos, respirar fundo, contar ate dez e seguir em frente, fazendo um novo início, o novo ponto de partida.

Começar, terminar, recomeçar, começar novamente são como objetivos, estão sempre presentes, nos cercando, sempre entrelaçados com as linhas de tempo e espaço. Inconscientemente talvez seja a primeira coisa que pensamos, queremos no dia. E como fazer parte de um jogo, que cada nova rodada fica mais difícil e alucinante, e às vezes tão simples, embora surpreendente, simplesmente inexplicável, mas com uma certeza quanto mais à vida passa, mais poderosas e com potencial serão essas palavras, e melhor será vive-las!

A Procura

Acredito que sempre estamos na busca por algo, seja essa coisa de máxima importância ou a mais fútil sobre a terra, mas buscamos esse algo que nos complete e satisfaça nem que seja por alguns instantes.

Essa procura e incessante, e aumenta cada vez que superamos algo, sabemos que sempre queremos mais, e temos potencial para mais. Queremos a felicidade, o êxtase, a euforia do conquistado, vitória! E de uma hora para outra aquilo cessa já que encontramos algo maior e melhor para se adquirir.

Lutamos para preencher os vazios que existem na nossa vida, sabemos que ele às vezes nunca poderá ser preenchido, mas tentamos, dia após dias superamos um novo desafio, conhecemos mais um pouco do que desejamos, e damos mais um passo em direção ao objetivo.

Tem horas que pensamos em desistir, às vezes desistimos, e nos frustramos, e novamente começamos a caminhar, e de repente o que estava a um passo ficará a quilômetros novamente. O desespero talvez seja um dos piores inimigos humanos, aliado há vários outros sentimentos como: a pressa, o cansaço, o pessimismo faz com quem atemos pés e mãos, e pronto chegamos à teoria da rainha vermelha, corremos, corremos, e quando demos por conta não saímos sequer do lugar.

Talvez a pior frustração humana seja esperar dos outros aquilo que jamais elas poderão te dar, isso em mais amplos sentidos. E preciso por o pé freio! Evitar mágoas, dor, e sofrimentos que seriam totalmente desnecessários. Queria muito acreditar, e acredito, Deus permite que as coisas aconteçam e vontade do Divino, e Ele não nos dá fardos que não possamos carregar, também temos o livre arbítrio e nisso Deus não interfere. Por vezes vemos vários indícios que nos provam que estamos errados, mas insistimos, preferimos quebrar a cara a aceitar as pistas de Deus, voltamos correndo chorando para o colo Dele.

Criei por costume, e sinceramente não sei se estou agindo certo, mas que toda vez que começo a me questionar e duvidar da eficácia de alguma coisa e porque realmente não será bom para mim. E como se alguém me dissesse: “Desista!” ou “Pare, isso não é bom para você!”, sinto como sinais. Talvez seja medo, segurança, ou cautela, ate mesmo Deus me protegendo de danos maiores. Isso também não quer dizer que não fui ao auge da minha onipotência e insisti, e frustrei.

Não importa, sempre queremos mais e mais e mais. Não há limites para a nossa carência e ambição, estamos sempre na procura de algo que nos falta, ou no delírio frenético do mais, do melhor, vamos aos extremos na falta ou exagero, no conflito Apolo e Dionísio. E por vezes chegaremos a conclusões que nem tudo valeu a pena, ou poderia ter sido mais fácil.

Por o pé no freio! Mais devagar! Sem matar atropelado ninguém e nem se matar. Querer realizar seus objetivos e sonhos é normal, mas não enlouqueça, tenha cabeça nas nuvens e pés fincados ao chão, não fuja da realidade. Não se frustre também se você não conseguiu, se parabenize por tentar, pior não e morrer na praia, e sim morrer por não tentar. Tente, lute, creia, não perca fé nem a esperança, mas não deixe de viver sua vida, nem viva por ninguém. Faça e dê o melhor a você e aos outros, mas não espere nada em troca, você poderá nunca receber o que espera. Tenha apenas consciência que vazios sempre existiram, mas isso jamais poderá dizer que você não será completamente feliz!



domingo, 4 de julho de 2010

Beijão!

Eu quero é beijão! Daqueles bons mesmo. Beijão digno de cinema, um daqueles que a gente sempre quer bis, que deixa aquela vontade de mais, sede da boca da pessoa.

Quero beijão! Cheio de desejo, de arrepiar, que se sente em cada ponto do corpo. Um daqueles que as pessoas passam e olham com vontade de estar no meio também. Que ele tenha um mínimo de atração, um “que” de desejo, a sensibilidade da paixão e os encantos do amor.

Quero beijão completo! Com braços, abraços, bocas, sensação, compatibilidade, e surpresa. Corpo colado, mãos firmes e descobridoras, beijos envolventes e encaixados, um conjunto “s” em
sincronia e sintonia total. Que eles tenham a ansiedade do primeiro e a saudade do último.
Que vala todas as ousadias que ele tem, pode ser roubado ou com todas as segundas intenções. Tímido ou provocante. Avassalador em todos os sentidos. Sagrado e sacramentado pecado, doce perdição, que te leve ao paraíso ao a destruição. Que leve a cama, ao sonho, ao delírio e a ambição.

Seja feito com vontade e emoção, com o eterno namorado ou na pegação. Roubado, escondido, proibido, romântico, desejado, esperado, cheio de definições! Que dê água na boca ao lembrar, ao contar aos amigos, que o gosto fique sensível a boca desejável ao paladar.

Único, inesquecível, exclusivo, particularidade de cada um. E por mais que o ato seja o mesmo, cada pessoa tem sua forma de fazê-lo da melhor maneira possível, com suas artimanhas e complementos. Cada boca tem um beijo, tem uma sede, e uma procura. A pessoa legal? O beijo ideal? Em tempo real? As coisas acontecem de quem e onde menos esperamos. Simplesmente são melhores do que idealizamos e com quem queremos que sejam.

Não importa! Eu quero é beijão! Do príncipe encantado, ou do sapo. Do homem de carne e osso, que tenha todos os “aõs”. Que eu possa provar por longos anos, ou por alguns minutos, sendo intencionalmente e apenas meus por esse tempo. Algo que jamais terei igual. Descritível ou indescritível, eu quero mesmo é beijão!